Umas férias coloridas


- "Olha para a estrada! Estás a dormir, miúdo?"
- "Desculpa! Estava distraído" - respondi atrapalhado, enquanto regressava ao meio da faixa. Estava mesmo distraído. Não me saia da cabeça o facto de, apenas 4 meses depois do meu divórcio, estar a caminho de umas férias com o meu grupo de amigos, algo que não fazia há uns 7 ou 8 anos. Não por não ter havido oportunidades, mas nunca mais se tinha proporcionado, ou por termos planos em casal, ou não conseguir tirar férias na altura, sei lá...
Mas estou a tentar enganar quem? Estava mesmo distraído era pelas pernas dela, pés descalços no tablier e saia curta, ainda mais recolhida pela sua posição. Era a minha melhor amiga há tanto tempo que nem sei contar ao certo os anos. Tivemos algumas sessões de amassos no secundário, mas nada de mais, e entretanto conheci a minha ex-mulher no primeiro ano de faculdade, e ela, bem... Ela continuou a ser aquele espírito indomável e independente que sempre admirei. Através dela e dos relatos das suas histórias incríveis pude "viver" fantasias que jamais sonharia realizar na minha relação. Talvez também isso tenha contribuído para o final precoce do casamento, 11 anos volvidos. Havia carinho, amor e alguma amizade, mas faltava muito. Muito calor, muita paixão, muito tesão...
- "Henrique, sabes que podes acelerar mais um pouco aqui na auto-estrada não sabes?" - brincou ela,  interrompendo o meu monólogo mental com aquele sorriso de quem parece estar a preparar alguma. Na verdade podia dar mais, muito mais...
Chegamos finalmente à casa que o Rui tinha alugado e não parava de elogiar há meses. Fomos os primeiros a chegar. Nós os dois, o Rui e a mulher Raquel, que não se largam nem por nada As fotos do local pareciam promissoras, mas bem sabemos como podem iludir, e muito, e portanto mantive as minhas reservas. Mas assim que entrei, ficaram todas as dúvidas dissipadas. Era mesmo um casarão de verão. Uma cozinha enorme em estilo rústico mas com tudo remodelado, uma lareira na sala que não me lembro de alguma vez ter visto alguma maior, e alguns pormenores de decoração mais tradicionais que compunham bem toda a imagem. Quando pus os pés do lado de fora pela lateral, a impressão ainda foi melhor. Uma piscina enquandrada numa vista maravilhosa para um vale, com árvores de fruto à vista. Que paisagem... Ainda nem tinha acabado de absorver tudo quando sinto um toque nas costas e a vejo correr de biquini preto para saltar para a água enquanto gritava "Vamos! 'Bora começar isto!". Fiquei a rir-me à gargalhada, até ela começar a atirar água para mim. Achei que não ia parar enquanto não me juntasse a ela. "Deixa-me vestir os calções e já aí vou ter. Está boa a água?" - perguntei. "Está quentinha, mas podia aquecer mais" - respondeu-me, enquanto passava as mãos pelo cabelo molhado.

Pus as coisas no quarto de cima, mais isolado. Já sabia que o ia partilhar com o João que só vinha mais tarde. Nos dois quartos com cama de casal ficava o Rui e a Raquel, a Rita e o seu marido introvertido, Pedro. Lá em baixo no outro quarto ficaria ela e a Vanessa. Que duas, gostava de ser mosca às vezes para ver as conversas que trocavam...
Vesti os meus calções azuis e fui para a piscina. Sem pensar, comecei a correr e saltei enquanto ela me encorajava. "Realmente, não está nada má, não senhora" - confirmei. "Vês, e que bem que sabe, prova lá" - disse enquanto me atirava água para a cara. "Não mudas mesmo, Alexia". "Queres que mude?" - perguntou-me. "Não...Nunca mudes" - sorri.
Foi uma tarde excelente, entre risadas e boas memórias, como sempre entre nós os quatro. Lá pela hora de jantar, estava o Rui à volta da brasa para o churrasco, chegou o outro carro com os quatro que faltavam. Abraços e beijinhos, novidades de um lado e de outro sem grandes surpresas, e toca a comer quase uma hora mais tarde. Realmente não é preciso muito para passarmos um bom bocado. Boa comida e boa companhia, com algum álcool para temperar, e temos os ingredientes para uma noite perfeita. Ficámos os 4 solteiros resistentes na conversa até às 3 da manhã, se bem que ainda não me tinha habituado a estar nesta equipa. O dia seguinte tinha alguns passeios no plano e então decidimos que era melhor descansar um pouco. A idade já não é o que era. É assim que dizem não é? Despedimo-nos das meninas e subimos. Estava ainda com a mente a percorrer muitos cenários, muitas ideias. E todas elas envolviam a minha tensão mal resolvida com a Alexia. Sempre houve muita cumplicidade, até intimidade, mas ultimamente, dava por mim a imaginar mais, muito mais...
Não devia ter deixado a mente deambular tanto, porque dei por mim já o João ressonava a bom som. Até conseguir adormecer, foi um martírio, e de manhã estava a sofrer por isso.

Fomos tomar o pequeno-almoço ao café da vila e seguimos logo para a actividade reservada. Íamos descer o rio de canoa e ainda duraria boa parte do dia. Chegámos ao local combinado, dividimo-nos dois a dois, como nos quartos, mas por sugestão da Vanessa, misturamos os solteiros, ficando eu emparelhado com a Alexia. "Não te safas de mim, já viste miúdo?" - sorriu para mim. Fiquei atrás, mas as minhas pernas ficavam a envolvê-la, praticamente. Começámos a descida, tudo suave e lento, mas rapidamente ficamos para trás com a malta das outras canoas a tentarem virar-se uns aos outros. Parecia que tínhamos 18 anos novamente, e isso era tão bom. Vê-la a rir assim era melhor ainda, e remei para que nos juntássemos à festa. Umas molhas e muitas gargalhadas depois, lá continuamos viagem, a apreciar a envolvência que mesmo em pico de verão mantinha o seu tom verde e puro. Fomos conversando sobre tudo um pouco, de como estava a lidar com toda a situação, o voltar a viver sozinho... "Chega de conversa deprimente Henrique! Já te contei a minha última?" - interrompeu, antes de partilhar a sua última aventura com o tipo com quem se encontrou algumas vezes e acabou a montar, literalmente, na casa de banho do restaurante. E não se escusou aos mais ínfimos detalhes. Quando terminou, voltou-se e riu: "Então, já te deixei bem acordado aí?", fazendo sinal para os meus calções visivelmente esticados. "Er... Como querias que não reagisse?" - disse, envergonhado. "Sabes lá o que quero ou não quero" - respondeu, ainda a rir com aquele ar de menina safada. Um dia haveria de pagar por todas as provocações que me fazia passar. Um dia...
O resto do passeio foi tranquilo, paramos umas vezes para dar uns mergulhos numas zonas mais próprias para isso, e, posso jurar, algumas vezes sentia-a passar as unhas subtilmente nas minhas pernas. Decerto para continuar a provocar-me, mas não faço ideia do que lhe passava pela cabeça naquele momento, e não estávamos sozinhos para poder perceber à vontade. Naquela noite jantámos fora, no local largamente recomendado da zona. A especialidade era naco na pedra, e que naco! Uma delícia mal passada, que devorei como se não comesse há dias. Dizem que a fome é o melhor tempero... Uma volta pela vila, em dia de festa popular, ajudou a digerir, e ficamos todos juntos até tarde novamente. Desta vez, deitei-me antes do João. Pedi-lhe uma meia hora para que conseguisse adormecer antes dele. Compreendeu, como eu esperava. 

Deitei-me, cansado, a pensar numa boa noite de sono para aproveitar o dia seguinte. Parecia que tinha passado pouco tempo, e senti tocarem-me. "Psst, estás a dormir?". Abri um olho, e vi o seu rosto, perto. "Alexia? Que se passou? Está tudo bem?" - despertei, pensando no que poderia ter acontecido para estar ali àquela hora. "Está tudo bem, sim, não te preocupes... Mas, parece que o João e a Vanessa estão a entender-se novamente passados estes anos todos, e pediram-me para vir para cima. Não te importas?". "Não, não, claro que não, estás a vontade" - respondi, com os olhos a piscar de sono. Para meu espanto, não se deitou na cama do João, e estava já a ajeitar-se a meu lado. "Não preferes ficar mais à larga na outra?" - perguntei, e hoje não percebo bem porquê... "Hm conheço bem o João e prefiro deitar-me nos teus lençóis Henrique, desculpa". "OK, tudo bem" - aceitei, fechando os olhos. Mas o sono tinha ido embora assim que ela se deitou ali. Conseguia sentir o seu calor a emanar perto do meu. Estava de costas para ela, numa vã tentativa de mostrar respeito, ou numa tentativa mais realista de esconder uma inevitável erecção... "Está calor não está?" - soltou ela, baixinho. "Sim, bastante..." - respondi. E um segundo depois vi a sua blusa a passar-me pelos olhos em direcção ao chão, seguida dos calções do pijama. Não sei o que lhe passava pela cabeça naquele momento, mas eu não podia estar a imaginar coisas, pois não? Não deixava margem para grandes dúvidas. Voltei-me, e, mesmo no escuro, conseguia vislumbrar o seu corpo nu, deitado de lado, virado para mim. O seu sorriso denunciou a sua intenção mesmo antes de dizer mais uma palavra. "Assim estou bem mais fresca, não achas?". "Com certeza". E ao mesmo tempo: "Talvez também fiques melhor...". Rimo-nos como perdidos uns segundos, antes dela me ajudar a tirar os boxers, a única peça que me restava vestida. Como ela já imaginava com certeza, eu já estava bem duro. De facto, acho que nunca nos tínhamos visto completamente nus, embora já a tivesse visto em topless variadíssimas vezes. Mas em nenhuma me tinha causado esta reação...
Acariciou-me o pau para tirar as medidas, como ela gosta de dizer, e aproximou o rosto do meu. Tomei a iniciativa e beijei-a. O sabor era familiar, mesmo passados tantos anos, e sentia-me excitado e confortável simultaneamente. Os seus beijos deixaram a minha boca faminta por mais, e desceram, deixando a sua marca pelo meu corpo até rodearem o meu ventre, continuando a descida. Não conseguia evitar e estava a pulsar descontroladamente. Mas ela sabia como provocar-me, e continuava a beijar-me ali perto, ou a lamber-me lentamente ao redor. Não estava a conseguir esperar e coloquei a mão no seu ombro. "Já não podes esperar mais não é? Precisas que trate de ti?" - e sem esperar pela resposta agarrou-o na sua mão, lambendo-o  lentamente desde a base até ao topo. Apertou-mo um pouco e senti uma gota a escapar-se. Sempre tive bastante lubrificação natural, e ela sabia o que estava a fazer. Daquela gota, molhou-me todo, espalhando-a com a língua ao percorrer-me o membro em toda a volta... Colocou-o na boca, e sem usar as mãos, fez a sua magia. A pouca luz do luar que entrava pela janela deixava-me ver o brilho do fio que se pendurava entre os seus labios e a cabeça do pau, uma mistura entre a sua saliva quente e o resultado da minha excitação. "Alexia, já passou muito tempo, não vou conseguir aguentar muito" - avisei, a respirar mais ofegantemente. "Não penses, aproveita apenas, miúdo" - disse-me, fazendo uma pausa breve. Segui a sugestão e deixei-me levar pelo momento. De facto, já tinha passado mesmo muito tempo, e tentava desviar o pensamento, mas inevitavelmente regressava aquela imagem sublime, a silhueta no escuro, focada no meu prazer, em levar-me ao êxtase, finalmente. E assim fez, ao sentir o meu corpo a contorcer-se de forma involuntária, tomou-me na boca por completo, e com a mão, espremeu-me até à última gota, no meio dos meus gemidos, que, embora silenciosos, não conseguia controlar. 

"Foda-se Alexia, tu não existes..." - comentei, ainda a recuperar o fôlego. "Que boa maneira de dizer que sou um sonho de mulher" - sorriu, limpando os cantos da boca à minha t-shirt que estava nos pés da cama. Sou um tipo que preza a justiça e valoriza muito a reciprocidade, e preparava-me para devolver o "favor", quando ela me interrompeu com a mão no peito: "Deixa-te estar, foi um presente especial para ti, que bem estavas a precisar. E sabes como gosto disto, não foi nenhum sacríficio. Descansa que amanhã é um novo dia" - e sem me deixar responder, deitou a cabeça na almofada, de costas para mim. Surpreendido, ou talvez não, fiquei a pensar. Penso sempre demasiado, é um problema meu... Pensei muitas e muitas vezes naquele momento, mas sempre de forma hipotética, algumas até como inspiração no meu tempo de relaxamento a solo. E agora, tinha acontecido, e, incrivelmente, não tinha sido estranho, mesmo sendo ela a minha melhor amiga há tanto tempo. E o que lhe passava agora pela mente? Seria apenas mais umas linhas nas suas crónicas? Teria ela sentido borboletas também acima da virilha? Poderia ter tido uma das noites mais relaxadas dos últimos meses, mas estas questões não me deixavam dormir. Nem a visão do seu corpo ainda despido, ali mesmo ao meu lado... Já os raios de sol penetravam pelas frestas dos estores quando me senti adormecer. 

"Bom dia, miúdo! Toca a levantar!" - acordou-me, percorrendo com o dedo da minha testa ao meu queixo. "Bom dia Alexia" - respondi, enquanto me espreguiçava. "Já os oiço na cozinha, depois temos de sair para o trilho, despacha-te" - soltou, antes de sair e fechar a porta. Respirei fundo e esperei uns segundos antes de me levantar, vestir e ir à WC. O plano daquele dia era fazermos um trilho pela natureza, com algumas vistas supostamente deslumbrantes. Duvidei que me deslumbrassem mais do que a da noite anterior, mas enfim... Saimos com as mochilas preparadas, levando os carros até ao início marcado do trilho. O tempo estava quente e soalheiro, e logo nos primeiros minutos já nos estávamos a queixar de tudo, como não podia deixar de ser. Felizmente, chegamos não muito depois à primeira zona de pausa, atravessando uma praia fluvial, que estava vazia e muito convidativa. Todos, à excepção do Pedro, se lançaram rapidamente à água. O João e a Vanessa já não se faziam rogados, trocando beijos e toques carinhosos ali mesmo. O outro casal e a Rita estavam à conversa sobre algo que nem me lembro, e a Alexia aproximou-se de mim, e sem avisar, agarrou-me no sexo, por cima dos calções, dizendo-me baixinho: "Então, como é que ele está hoje, miúdo?". Aguentei-me ao máximo para não levantar suspeitas, e sorri apenas. Ela estava a testar-me, qual era o jogo dela? Estava na altura de pagar na mesma moeda, assim que a oportunidade surgisse. O míudo estava prestes a ensinar-lhe uma lição...

Passei a hora seguinte a caminhar atrás do grupo, e nem conseguia apreciar toda a beleza que me rodeava. Só conseguia pensar na beleza dela, e em como apanhá-la desprevenida. Chegamos ao segundo ponto de paragem, numa zona do rio simplesmente espectacular, com uma pequena cascata, que mesmo nesta altura ainda corria de forma constante. A água era fria mas límpida, e deu-nos mais um momento para recuperar o fôlego e as pernas. Tinha de ser ali, mas não naquele momento. Aproveitamos aquela pequena maravilha durante cerca de uma hora. Era a altura certa de pôr o plano em marcha. Quando já tínhamos  prosseguido o passeio por mais de 5 minutos, disse que tinha deixado a câmara atrás. "Vou lá buscá-la, vocês podem ir andando que depois apanho-vos". O João ofereceu-se de imediato para vir comigo. "Não! Não, segue lá à vontade". Olhei para a Alexia, que percebeu, e atalhou: "Sim, vai lá com a tua Vanessa, eu faço-lhe companhia". Não demoramos muito a voltar à pequena cascata. "Onde achas que a deixaste?" - perguntou ela. Sem responder, pus a mão na minha mochila e tirei a câmara, a rir. "Ah... Saíste-me um safado" - disse enquanto se aproximava. "Tinha de aproveitar melhor este cenário, não achas?" - respondi, enquanto dava uns passos na sua direcção também. Segurei-a e senti o seu biquini ainda molhado, e com uma mão segurando o seu rosto, beijei os seus lábios. Sabiam a fruto, talvez laranja, ao mesmo tempo doces e ligeiramente ácidos. Encostámo-nos numa pedra mais lisa, também ela beijada, mas pelo sol, ajudando a aquecer ainda mais os nossos corpos. Os beijos sucediam-se, de língua, quentes, molhados, com as minhas mãos a percorrem o seu corpo, lentamente. Ao passar pelo lado do ventre, consegui sentir a sua pele a arrepiar, mas isso não me fez parar... 
Com uma mão, fui capaz de fazer cair o top do biquini, acariciando os seios que me preenchiam perfeitamente a mão. "Psst" - interrompeu. Devia estar a perder-me por momentos naquela visão. "Ainda queres devolver o presente de ontem?" - perguntou. "Com juros" - respondi sem hesitar. Desci com beijos, e retirei as cuecas molhadas. Até que ponto seria apenas pela água, já nem sei... Beijei-a muitas vezes, no monte, nas coxas, e de vez em quando trocávamos olhares intensos, plenos de desejo. Sem demorar demasiado, beijei-a mesmo entre os lábios, e, pode ter sido a minha mente a pregar-me uma partida, mas podia jurar que também sabia a laranja... Um sabor delicioso, que fez desaparecer qualquer réstia de ansiedade que pudesse ainda existir. Estava a deliciar-me, a senti-la ficar cada vez mais encharcada e o seu corpo a corresponder aos meus movimentos. Os gemidos que se faziam ouvir acima do barulho da cascata conseguiam aumentar ainda mais o tesão no ar. Ao levantar-me uns minutos depois, provocou-me: "Pelo volume, vejo que não consegues esperar mais, acertei?". "Não há como esconder..." - respondi, enquanto baixava os calções. Sem pedir licença, agarrou-mo nas suas mãos, abocanhando-o como havia feito na noite anterior. Olhou para mim enquanto lambia a cabeça, e agora era a minha pele a ficar arrepiada. Estava sorrir, mesmo com ele na boca, e isso deixava-me louco. Era o momento de deixar o miúdo para trás. Levantei-a, pousando-a de seguida na pedra lisa. Sem interromper os beijos, deslizei dentro dela de forma deliciosa, um momento inesquecível, que talvez devêssemos um ao outro há muitos anos. Olhei-a nos olhos, e ela retribuiu. Começava a aumentar a intensidade, e ela puxava-me mais perto ao usar as pernas em meu redor. Beijei o seu pescoço, com mordidas pelo meio, recebendo os seus gemidos doces mesmo no meu ouvido. Levantei-a momentos depois. Queria aproveitar o cenário ao máximo. Estávamos tão quentes, que a água fria não fazia diferença. Levei-a até perto da queda de água, dizendo para que se colocasse confortável. "Não queres ligar a câmara? Afinal de contas é por ela que estamos aqui" - desafiou, a sorrir. Concordei e assim fiz, ligando a câmara rapidamente num ângulo que apanhava tudo. Quando me voltei, estava ela de pé, mãos na pedra, e a água da cascata a cair, percorrendo-lhe o corpo. Que visão... Devo ter esperado 5 segundos, mas senti que fossem muito mais. Aproximei-me, e agarrando-a junto a mim, pelo peito, voltei a irromper por ela dentro, como se nem tivéssemos pausado. Era um sonho, e não queria acordar. Estava a fodê-la, na realidade, finalmente. A água saltava entre as batidas dos nossos corpos, e os gemidos tornavam-se mais altos, comigo a contribuir também. Puxei-lhe pelo cabelo molhado e beijei-a na boca. As nossas línguas estavam numa dança louca e imparável. Sem aviso prévio, voltei-a para mim, e com a água a escorrer entre nós, beijei-a sofregamente, abraçada a mim, o mais próximo que conseguia mantê-la.

Mas não tinha acabado. Subtilmente, guiei a sua perna esquerda até uma pedra saliente para que ficasse elevada, e sem usar as mãos, o meu pau duro encontrou o seu destino já familiar. O ritmo era mais lento agora, mas forte, com estocadas espaçadas mas profundas, sentindo-a apertar-me a cada regresso, como a pedir que não vá sem garantir que volto... Sei que ela estaria perto, mas sempre ouvi as suas histórias, e sei perfeitamente o que gosta e não gosta. Sabendo como adora terminar, ajudei-a a colocar-se em posição, a sua favorita, de joelhos, e rabo empinado. "Sabes ouvir, miúdo" - disse, com a voz já trémula e baixinha. E foi assim, naquela envolvência idílica, que nos entregamos completamente um ao outro. Sem dó, cada estocada ia mais longe do que a anterior, levando-a mais perto do clímax. Os gemidos tornavam-se incontroláveis, pequenos gritos que me enlouqueciam e me empurravam a mim também para a explosão final. Os movimentos dela aceleraram, a lançar-se em contra-ritmo contra o meu corpo, e de repente, tudo mudou... Já não havia ritmo, era um caos maravilhoso. As suas pernas estremeciam, e esticava os braços, colando a testa na pedra, o que apenas fez com que empinasse ainda mais o rabo para mim. Sabendo o que significava, soltei tudo de mim. As estocadas finais, e sentindo-a sugar-me o pau dentro dela, foram o gatilho para a minha erupção, jorrando num orgasmo em conjunto, indescritível! Sem forças, deitei-me na pedra quente ao lado da cascata, puxando-a para que se deitasse sobre o meu peito. Após uns segundos a absorver tudo aquilo, soltei finalmente. "E esta aventura, a quem vais contar, miúda?".




Comentários

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Prazeres Alheios - Ai que massagem!

Um café escaldante

Prazeres Alheios - A Submissa