Um novo contrato




Já deste por ti a caminho do trabalho, com frio, preso no trânsito, a pensar "que raio é que eu estou a fazer da minha vida"? Aposto que sim... Eu estava nessa fase há alguns meses, insatisfeito com o que fazia e comecei a procurar alternativas. Depois de algumas ofertas pouco ou nada entusiasmantes, tive o melhor processo de entrevista pelo qual já passei. Era para uma empresa mais pequena, menos de 30 pessoas e queriam que coordenasse uma pequena equipa. Fiquei lisonjeado com a oferta e entusiasmado com a responsabilidade. Como deves estar a pensar, aceitei. Na manhã seguinte entrei no meu velho escritório e nem imaginas o quão radiante eu saí depois de entregar a minha carta de demissão, para surpresa geral. Poder acordar com vontade de se fazer algo de que se gosta não tem preço.

Ainda tinha alguns dias de férias e, portanto, depois de duas semanas vi-me finalmente livre daquelas paredes que já me atormentavam há muito. Estava perto um recomeço, uma nova oportunidade de fazer algo positivo. Chegado o dia fui muito bem recebido por todos. Mostraram-me os cantos à casa e fizeram-me sentir como se já fizesse parte da equipa. Perdi algumas horas a preparar o meu espaço, e a minha máquina, e, antes de terminar o dia, tive reunião com a chefe executiva, a quem ia reportar directamente. A Mónica era uma mulher muito elegante, assumi na altura que tivesse uns 40 anos pela posição que ocupava, embora não lhe desse um dia a mais que 35. Cabelo apanhado, negro, olhos castanhos doces mas que impunham respeito. Trazia um combinado preto, com cinto prateado, e um colar da mesma cor que lhe pendia para o centro do ligeiro decote. Dei por mim a ter de desviar conscientemente o olhar algumas vezes, com receio de ser mal interpretado logo no primeiro dia. A conversa fluiu facilmente e no final da reunião os objectivos já estavam alinhados...

Os primeiros meses passaram, e eu sentia-me muito confortável naquela posição. Era respeitado, porém a minha equipa tinha abertura para falar comigo, e a chefia estava contente com a evolução que fomos apresentando. Semanalmente tinha uma reunião individual com a Mónica e, por aquela altura, já estávamos bastante à vontade um com o outro, permitindo-nos algumas piadas pelo meio. Uns tempos depois chamou-me à sala de reuniões, sentou-me, e deu-me a notícia de que tínhamos conseguido um projecto que à data seria o nosso maior de sempre. A notícia era óptima, mas o que me deixou mais perplexo foi o abraço sentido e apertado que me deixou sem reação. Mal tive tempo de retribuir antes que se afastasse. Passou a mão no meu braço, agradecendo o meu papel no acontecimento, e sorriu. Já a tinha visto sorrir, até rir à gargalhada várias vezes, mas recordo aquele porque vi um brilho especial nos seus olhos. Dei por mim a sorrir também.

O início do novo projecto foi bastante exigente para todos e eu acabava por fazer horas extra para garantir que tudo estava a correr conforme o planeado. Isso significou mais tempo no escritório, mas também, mais tempo com a Mónica. Foram várias as vezes em que nos encontrámos na sala de reuniões para discutir algumas decisões necessárias e, outras vezes, não tão necessárias, como passei a reparar. Uma noite, já depois de todos terem saído, fez com que ficássemos até tarde apenas para discutir um pormenor do novo website do cliente. Encomendámos pizza e a conversa continuava. Não sei se o fez propositadamente, mas estava sentada no canto da mesa com um vestido azul escuro e deixou cair um pouco da fatia no peito. "Oh que desajeitada, queres ver que já estraguei o vestido?" - disse, começando a tentar tirar o que conseguia com o guardanapo. Sem jeito, consegui apenas esboçar um sorriso e fui buscar mais guardanapos, caso precisasse. Quando voltei, acho que fiquei petrificado ali, em pé, por uns momentos que pareceram minutos inteiros. Ela estava a limpar, e para o conseguir, tinha baixado a alça do vestido e o soutien de renda azul bebé estava ali, à minha vista. "Desculpa" - pedi, voltando-me, talvez não tão rapidamente quanto deveria. Soltou uma gargalhada e respondeu: "Não tens de pedir desculpa, é só uma peça de roupa, não me digas que nunca viste nenhuma. Podes virar-te, vá". Assim fiz e estava tudo de volta ao normal, excepto o meu ritmo cardíaco e uma pequena mancha de molho de tomate na zona do seu peito direito.

Sentei-me para terminarmos a discussão a tempo de irmos descansar, e ela sentou-se mais perto de mim. Entre cada par de frases, colocava a sua mão no meu braço ou na minha mão, especialmente quando queria que eu concordasse com algo. Não sei se ela o conseguia sentir, mas as palmas das minhas mãos estavam a suar naquele momento. Ela não estava a ser propriamente subtil, e talvez conseguisse ver no meu olhar o quanto eu a queria também, e no entanto ela era a minha chefe.  Eu podia ter sérios problemas caso desse um passo em falso. "Estás com medo de mim?" - perguntou-me, como se estivesse a ler os meus pensamentos, mas mais provavelmente por causa do meu comportamento irrequieto. "Não, não. É só porque temos de acabar is..." - e interrompendo-me, sem aviso algum, beijou-me os lábios... Tínhamos acabado de comer, mas o seu sabor era distinto de tudo. Lábios suaves e um beijo tão demorado quanto saboroso. "Pronto, já tiveste a tua sobremesa, agora podemos ir..." - disse depois, com uma leve gargalhada que até parecia inocente. Incrédulo, acho que eu apenas sorri o resto do tempo, e nem me lembro das palavras que lhe disse quando desejei uma boa noite.

Mal consegui dormir nessa noite e levantei-me mesmo antes que o despertador pudesse tocar. Fui o primeiro a chegar ao escritório e tive a melhor visão quando, passado quase uma hora, ela chegou. Ao passar por mim, piscou-me o olho e eu sorri-lhe. Passei a manhã distraído e ri-me sozinho quando reparei nalguns erros que não costumava cometer. Depois do almoço, mandei um e-mail à Mónica, bem profissional, a explicar que tínhamos tido retorno do cliente e precisávamos discutir o ponto seguinte, o que era simplesmente falso. Chegado o final do dia, apenas duas ou três pessoas para além de nós permaneciam no escritório, e nós os dois fechados na sala de reuniões. "Tens noção da tortura que foi o dia de hoje para mim?" - perguntei. Com o seu sorriso de sempre apenas respondeu: "Sim! E gostei". Ainda hoje não sei onde fui buscar a coragem, mas atirei-me e agarrando-a junto ao meu corpo, com uma mão na sua face, beijei-a. Um beijo sôfrego, como quem guarda a fome para um prato especial, um beijo simplesmente delicioso. Inconscientemente, comecei a baixá-la na direcção da mesa, mas interrompeu-me. "Não, agora não, que ainda há gente lá fora". "Certo, tens toda a razão, não sei o que me passou pela cabeça". Justamente quando eu pensava que iríamos sair, ela meteu a sua mão dentro das minhas calças, apanhando-me de surpresa. "Assim é mais fácil em caso de emergência" - disse ela, claramente a provocar-me. Encostados à parede, continuamos a beijar-nos e, com uns movimentos firmes, ela agarrava o meu pau excitado dentro das calças. Uns bons minutos depois, num ambiente bem quente, eu sentia que não iria aguentar mais. "É melhor parares, ou vais fazer-me sujar tudo". Foi como se tivesse dito para acelerar, pois foi isso mesmo que fez. Deixou de me beijar, e focou o seu olhar intenso no meu, acelerando os movimentos, com o único propósito de acabar o que tinha começado. Os seus olhos conseguiam ser mais excitantes que o próprio toque e não tardei a contorcer-me enquanto o meu membro jorrava pulsantemente, ainda envolto na sua mão. Retirou-a, com um pouco do meu leite nos dedos, e lambeu-os, um por um, sem desviar o olhar. "Foda-se..." - disse apenas, baixinho, mesmo antes de pensar em como conseguiria passar despercebido com as calças manchadas.

Mais uns dias se passaram e íamos conseguindo uns momentos na sala em que conseguia roubar uns beijos, ou retribuir o "favor" que me havia feito uns dias antes. Era tudo tão intenso e mesmo assim o trabalho fluía bem. Talvez porque a mente e o corpo estavam finalmente em sintonia. Mas num final de tarde em que estávamos reunidos a trabalhar (mesmo, acredita), saí para ir buscar dois cafés e vi que já não estava lá mais ninguém. Realmente já passava muito da hora de saída, reparei quando olhei para o relógio. Sorri sozinho, tranquei a porta da entrada e avancei novamente para a sala. Pousei os cafés numa mesa de apoio, e sem dizer uma palavra agarrei-a. "Ainda há gente lá f..." - ia dizer, quando a interrompi colocando um dedo na frente dos seus lábios. "Shhh. Já estamos sozinhos, finalmente". Varri todos os papéis que lá havia, e deitei-a sobre a mesa, pensando em como de facto adorava vê-la de vestido branco, para além de que naquele preciso momento, era extremamente prático. Beijei-a na boca, alternando com o pescoço, e sem demora levantei um pouco o vestido, expondo as suas cuecas rosa, que decerto fariam conjunto com o soutien. Levei a minha mão ao seu sexo, e senti-o molhado quando o toquei pela primeira vez, desviando as cuecas para o lado. A antecipação tem destas coisas, pensei. 

Despi-lhe o vestido por completo e confirmei o que suspeitava sobre a lingerie. Tirei-lhe o soutien e perdi-me uns momentos a beijar-lhe os seios, sem nunca tocar os mamilos. Sei que a provocava, e era isso o que mais queria... Com dois dedos massajava-lhe o sexo, ora devagar, ora mais rápido, tentando seguir o ritmo do seu próprio corpo. Acima e abaixo, deixava o clitóris entre os dedos, estimulando-o nesse vaivém. Sentia-o excitado ao toque, mas libertei-o, passando a enfiar os dedos, deslizando-os no seu sexo encharcado até não poder mais. Ela agarrava-me o cabelo com força enquanto eu o fazia, gemendo baixinho ao meu ouvido. "Fode-me agora, por favor" - soltou. E eu não sou de recusar um pedido tão carinhoso. Levantei-me e ela colocou os cotovelos na mesa para me ver melhor. Tirei o cinto, desapertei as calças e deixei-as cair. "Já estás pronto, consigo ver daqui" - disse-me, olhando para o volume nos meus boxers enquanto eu desabotoava a camisa. "Para ti, sempre" - atalhei, libertando-me rapidamente da peça que faltava e colocando a protecção. Nunca esquecerei o som maravilhoso que soltou quando entrei nela pela primeira vez. Foi como se nos transportasse para outra dimensão, onde não havia mais nada senão nós e o prazer. Abafava-lhe alguns gemidos com beijos, e mesmo assim eles iam ficando mais altos, mais intensos à medida que acelerava. Sem avisar, tentou colocar as pernas nos meus ombros e abrandei para o conseguirmos. O ângulo permitia-me senti-la por completo em cada investida. Os nossos corpos suados brilhavam naquela luz, e no entanto eu queria-a noutra posição.

Comecei a rodá-la e, percebendo ela a minha intenção, nem tive de fazer mais nada. Colocou-se de bruços na mesa, com o rabo empinado para mim, e disse-me: "É assim que me queres?", enquanto se baloiçava em jeito de desafio. "Leste-me o pensamento" - respondi, puxando-a apenas um pouco mais próxima. As suas pernas estavam juntas e notei que estava mais apertada agora do que antes. Gentilmente, abri caminho de novo, e só depois retomei o ritmo. Agarrava-a pela cintura para mantê-la em posição, o que não a impediu de colocar um dos joelhos na mesa. Que visão, que tesão é ver alguém tão confortável na sua pele e com a sua sensualidade crua... Queria surpreendê-la e parecia estar a falhar, mas vi o telefone que não tinha ido parar ao chão antes e tive uma ideia! Dei graças por não ser um sem fios, e juntei os seus braços atrás das costas, prendendo-os com algumas voltas do fio do telefone. Olhou para mim de soslaio, visivelmente surpreendida, mas igualmente agradada, e lançou o pescoço para trás enquanto eu a fodia sem misericórdia. Quando me apercebi que ela já estaria a aproximar-se do momento esperado, agarrei a mola que prendia o seu cabelo, atirei-a para o lado, e segurei o cabelo solto, tocando-lhe na nuca e puxando-o para mim. É difícil descrever os pormenores no meio de toda a intensidade e loucura. Os seus gemidos eram de uma mulher solta e livre embora sob o meu controlo, a realizar os seus desejos comigo dentro dela. Sentindo-a a apertar-me num ritmo caótico, estirando-se para a frente, abrandei, finalizando com estocadas espaçadas mas mais fortes, fazendo-a vir-se num orgasmo longo maravilhoso acompanhado de um suspiro final já com a cabeça pousada... Sem deixá-la recuperar totalmente, fiz sinal que não aguentaria mais, e tirando forças não sei de onde, ela sentou-se na beira da mesa, puxou-me perto de si e, beijando-me profundamente, acabou comigo, fazendo-me explodir para o seu peito nu, onde o meu néctar ficou a escorrer enquanto nós nos abraçávamos e beijávamos, entregues um ao outro. "Saber estar é uma arte, e tu és uma artista. Ages com classe e impões respeito lá fora, mas isso não te impede de te comportares como uma safada dentro destas quatro paredes... A minha safada!" - disse eu, ainda com a respiração ofegante. A resposta não tardou: "Sabes que isto não te dá nenhuma folga amanhã, não sabes?". "Claro que sim, chefe" - respondi completamente extasiado, piscando-lhe o olho. 

Comentários

  1. Hoomm meu deus...esse seria um dos meu desejos,bem que gostaria tar no lugar dela.
    Quanto mais perigoso melhor é, a frase que me marcou foi esta . "É difícil descrever os pormenores no meio de toda a intensidade e loucura"
    Deu pra entender que estavam tão ansiosos de fazerem sexo um com outro,os seus corpos escaldantes colado um ao outro...wow adorei mesmo ������

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