Umas Festas Felizes

A época festiva pode ser tão alegre como stressante. Vários jantares para encaixar em apenas alguns dias. Passar ainda mais umas horas com o patrão, que está super embriagado e pensa que esse estado serve como desculpa para se atirar a todas as mulheres na festa. Ou aqueles amigos que só vês uma vez por ano, com sorte… Quero dizer, é sempre bom revê-los, pôr a conversa em dia, reviver memórias, mas há sempre aquele que nunca cresceu, que ainda conta anedotas porcas à mesa. Quando a altura chegou para o único jantar que realmente anseio, aquele com os amigos mais próximos, decidi fazer algo diferente.
Sou casado com a minha linda mulher Júlia há 7 anos. Dois filhos perfeitos, um traquinas de 5 anos e uma princesa de 2. Como podes imaginar, temos uma vida ocupada com os nossos empregos e os dois rebentos. Não sobra muito tempo para nós os dois. E eu sentia realmente a falta disso. Nem me lembro da última vez que tivemos sexo quente e apaixonado. Às vezes temos a oportunidade de uma rapidinha antes de dormir, de dois em dois meses, mas vá lá… A minha mente divaga para tempos passados, quando éramos jovens e loucos, em que nenhuma oportunidade era desperdiçada. Se o meu velhinho Renault 5 pudesse falar… Nem consigo acreditar no quão flexíveis éramos naquela altura. Ainda bem que tínhamos o nosso local secreto, onde ninguém nos conseguia ouvir. A única coisa que o nosso carro familiar diria agora seria “por favor limpem a porcaria que os putos fazem!”
Amo-a com todo o meu coração, mas ultimamente andava com tantos desejos. Continuava a imaginar diferentes cenários, e até, por vezes, outras pessoas. Senti-me envergonhado, e queria fazer algo quanto a isso. E assim fiz. Fui online, e fiz alguma pesquisa. Depois de algumas horas, encontrei o presente perfeito para ela… Uns dias depois, uma caixinha discreta chegou no correio. Escondi-a no fundo do meu armário por mais algum tempo, até chegar o dia do jantar.
Deixámos os miúdos na casa da Avó, e fomos a casa para nos prepararmos. Enquanto ela se vestia, aproximei-me: “Querida, quero dar-te um presente de Natal antecipado, para usares esta noite”. Ela sorriu e acenou afirmativamente, mas sei que ela devia estar a pensar num colar ou pulseira. Peguei na pequena caixa, embrulhada, e pu-la nas suas mãos. “Sei que não é bem a nossa cena, mas acho que pode ser divertido” – disse eu, enquanto ela se debatia com o embrulho. Quando finalmente conseguiu retirar o presente da caixa, soltou umas sonoras gargalhadas. “O que é suposto ser isto?”, ao que respondi “Vamos arriscar um pouco, penso que precisamos disso”. Ela estava com um semblante mais sério agora, mas ainda assim a sorrir. Acho que ela percebeu que o momento significava algo para mim. “Hm, suponho que podemos experimentar”, e seguiu para a casa de banho. Perguntei se estava confortável quando finalmente saiu. “Mais do que esperava” – respondeu.
O caminho foi silencioso, mas conseguirias sentir a sensualidade a fluir por todo o lado. Sorríamos um para o outro e eu sentia-me como não havia sentido em muito tempo… Estava até um pouco nervoso, no bom sentido, e sabia que ela também estava entusiasmada. Não via aqueles olhos sensuais a olhar para mim daquela forma há anos. Nem sei como me consegui conter. Apenas queria parar o carro e tomá-la ali e já.
Chegámos ao restaurante e metade das pessoas já lá estavam. Os abraços e beijinhos do costume, mas aqui não parecia forçado de todo. Estas pessoas são praticamente família. Eu e a Júlia estávamos um pouco afastados nesta altura, mas a olharmo-nos constantemente. Meia hora depois, quando já todos tinham chegado, sentámo-nos frente a frente, e tinha chegado o momento. Tirei um pequeno controlo remoto, discretamente, e liguei-o. Estava no nível mínimo, mas consegui ver a surpresa no rosto da Júlia. Isso excitou-me, muito. A sua expressão mudou imediatamente, e voltou à conversa como se nada houvesse acontecido; mas eu estava apenas a começar. Pensando bem, fico feliz por ter investido um pouco mais na versão silenciosa, porque se alguém sonhasse sequer o que estávamos a fazer, seríamos motivo de chacota dos próximos jantares decerto. De vez em quando subia o nível só para vê-la morder o lábio, ou a sorrir para mim, ou mesmo a agarra a mesa com força. Estava a divertir-me tanto! Adorei provocá-la, a aumentar a intensidade durante uns segundos apenas para desligar completamente de seguida. Ela estava a ficar claramente corada, e a culpar o vinho ou a temperatura da sala, mas eu sabia a razão, e ela estava na minha mão, literalmente. Eu não estava muito melhor. O meu melhor amigo pediu que me juntasse a ele num discurso de pé, mas eu tive de recusar, insistentemente até, caso contrário veriam um volume que não esperariam, de todo.
A Júlia queria retaliar, e começou a provocar-me com o seu pé descalço. A tocar-me na perna, a chegar ao meu colo, fez um olhar surpreendido quando sentiu o meu sexo já duro. O sorriso era atrevido e isso só me deixou mais excitado. Queria tomá-la. Precisava tomá-la. Disse a todos que precisava de sair um pouco para fazer uma chamada. Vesti o meu sobretudo para disfarçar a excitação, e pisquei o olho à Júlia, acenando na direcção das casas de banho.

Era um sítio com classe, mas não o suficiente para ter alguém em cada casa de banho a oferecer a tolha e perfume. Entrei e pendurei o sobretudo, esperei uns minutos, e ela chegou. Sabia que ela não ia desperdiçar a oportunidade, esta não. Agarrei-a com força, como não havia agarrado há muito. Beijámo-nos louca e intensamente enquanto a puxava para dentro do cubículo, embora não estivéssemos a ser muito subtis na mesma. Ela soltava pequenos gemidos enquanto lhe beijava o pescoço com a cabeça estendida para trás. Ela puxou a minha camisa e começou a deixar a sua marca nas minhas costas. Sabia tão bem… Tive de me controlar para não rasgar a sua camisa, e com cuidado, mas rapidamente, desabotoei-a. Ela é deslumbrante, e embora nunca o tenha esquecido, estava a experienciá-lo de uma forma completamente diferente. Beijei-a por todo o lado enquanto soltava o soutien. Tirei um segundo para olhá-la. “O que foi?” – perguntou. “Nada, és linda!” – respondi. E continuei, a beijar os seios, a sugar ligeiramente os mamilos já completamente excitados, como sabia que gostava. Começou a gemer e instintivamente tapei a sua boca com a minha mão. Fê-lo mais alto, e a mim mais louco no processo. Ela já estava a tirar o meu cinto nessa altura, e deixou as minhas calças caírem no chão. Ela usava uma saia preta, mas eu não queria tirá-la. Voltei-a de costas, e comecei a baixar a cuequinha da lingerie. Ajudou-me ao levantar a perna, e eu consegui ver quão molhada estava. Confirmei com dois dedos, e ela estava encharcada. Ela queria isto tanto quanto eu. Puxei a saia um pouco, e deixei-me deslizar, lentamente. Ela soltou o gemido mais suave e doce, e cobri a boca de novo. Mordeu-me, mas não quis saber, aquilo só me deixava mais rijo. Estava a beijar-lhe o pescoço e a orelha, mas segui a dica e comecei a mordiscar de volta. Ela estava a adorar, conseguia senti-lo. Os dois em perfeito sincronismo, a acelerar, a nossa respiração ofegante e audível. Virei-a para me encarar, e beijei-a profundamente, até que saltou para o meu colo. Encostei-a à parede e penetrei-a novamente. As minhas costas ardiam um pouco dos seus arranhões, e íamos tão depressa, tão forte, tão alto, que agora acho que as pessoas no exterior nos conseguiriam ouvir facilmente. Nada disso interessava naquele momento. As suas pernas estavam trancadas à minha volta, fazendo-me estar o mais próximo possível. Abrandei um pouco, mas os movimentos eram mais fortes. Com cada sacada, ela gemia mais alto. Estava a aproximar-me, sentia-o, e do nada, ela empurrou-me. Estava agora sentado e ela olhou-me como um predador mira a sua presa. Agarrou-me pelo cabelo, mordeu-me o pescoço e sentou-se em mim. Movia-se em círculos perfeitos, e tão próxima que sentia os seus seios a pressionarem contra o meu peito. Sentia que estava prestes a explodir, e pela sua respiração, soube que ela também. Puxei-a para mim e ajudei-a nos movimentos. Nesse ponto, estava tudo pouco claro. Só conseguia senti-la a apertar-me dentro dela. As suas pernas a tremerem e os seus gemidos mesmo no meu ouvido a enlouquecerem-me. Não conseguia aguentar mais, e deixei-me ir, suspirando com ela enquanto a preenchia com toda a nossa paixão. Não nos conseguimos mexer durante o próximo minuto, até eu quebrar o silêncio com “Amo-te”… 



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