Um dia diferente

Segundas-feiras. Merda de segundas-feiras. Acordei às 6.30 da manhã depois de estar acordado até às 3 a ver uma série de comédia qualquer feito zombie. Quem é que se estava a rir agora? A rotina bate mesmo mais forte nas manhãs de segunda-feira… Os mesmos cereais de pequeno-almoço, o mesmo perfume, a mesma escolha entre quatro fatos, todos com o mesmo estilo. Andei dez minutos até ao metro, e esperei outros tantos que chegasse. Que bela maneira de começar o dia! Atravessei a multidão ao entrar, e consegui encontrar um espacinho na porta contrária. Era apenas a segunda estação da linha mas estava rapidamente a encher. Tirei o meu telemóvel e comecei a jogar aqueles joguinhos estúpidos que todo o mundo joga também.
Parámos na estação seguinte. Algumas pessoas saíram, mas muitas mais entraram. Olhei para a frente e de repente vi algúem a tentar esgueirar-se. Os meus olhos aumentaram quando a vi. Ela era a coisinha mais sexy que já havia visto em qualquer transporte público. Cabelo castanho-ruivo, pele clara, um vestido leve e ondulante. Deve trabalhar em moda, porque parece saída de uma revista. Por fazer esta rota já há quatro anos, estava habituado a reconhecer alguns dos regulares, mas ela era nova por ali. E naquela ocasião específica, nova era bom… Ela conseguiu atravessar e colocou-se à minha esquerda, também encostada na porta. Olhei para o lado envergonhado enquanto ela também tirava o seu telemóvel. Voltei ao meu jogo, mas estava constantemente a olhá-la pelo canto do olho. Apanhou-me a fazê-lo uma das vezes, e sorriu apenas. Sorri de volta mas de imediato voltei os olhos para o ecrã. Naquela altura, já o meu coração batia mais rápido, enquanto eu decidia o que fazer a seguir. Depois de uns longos segundos, escrevi uma mensagem com um simples “Olá”, garantindo que ela era capaz de o ver. Passaram-se três estações comigo a tentar chamar a sua atenção. Voltei a escrever: “Sim, a menina linda à minha esquerda. Como estás?”. E nesse momento vi que também ela começou a escrever algo. “Lindamente, e tu?” – consegui ver no seu telemóvel. Nem podia acreditar que tinha funcionado! O meu coração acelerava ainda mais. Apressei-me a escrever “Sou o Ricardo, prazer em conhecer-te”, ao que ela respondeu “Olá Ricardo ;) Eu sou a Luísa. Tenho de sair agora”. Pensei que quando saísse, nunca mais a iria voltar a ver… Mostrei-lhe o meu número de telefone. “Deixemos o destino decidir ;)” – foi o que recebi… Que queria dizer ela com isso?! Fiquei a imaginar todo o tipo de coisas enquanto a vi esgueirar-se de novo para sair. Nem consegui vê-la lá fora de novo. Durante todo aquele dia no escritório a minha mente estava noutro lugar, a pensar nela, no seu sorriso, no seu vestido…

Na manhã seguinte acordei com um sentimento que não conhecera há muito tempo. Queria despachar-me, pus o meu melhor fato, e até saí à rua com um sorriso na cara. Entrei no metro, fui imediatamente para o meu lugar e fiz com que um espacinho à minha esquerda ficasse reservado. À medida que nos aproximávamos da estação seguinte, o meu coração saltava algumas batidas. Queria vê-la de novo. Precisa de vê-la outra vez. Muita gente a entrar, e dela, nem sinal… Até que finalmente vi a sua figura pequena a emergir da multidão e a colocar-se ao meu lado, também a sorrir. Desta vez sentia-a mais perto. Conseguia sentir o seu braço a tocar no meu, e era como se electricidade nos atravessasse. Olhei-a nos olhos e sorri. “Ainda bem que conseguiste :)” – escrevi. Tocou-me na mão em resposta, e arrepiei-me. Parecia que o meu coração ia voar através do peito.
Continuamos com os toques tímidos e sorrisos por um bocadinho que parecia uma eternidade, até ao que sabia ser a sua estação de saída. Preparei-me para a ver sair, embora não tenha resistido a apertar-lhe os dedos um pouquinho. Ela sorriu, mas desta vez um sorriso maroto que me tomou de surpresa, e começou a mover-se. Ia despedir-me, mas nesse preciso momento ela parou mesmo à minha frente enquanto via as portas a fecharem-se. Ela ia ficar!
A carruagem estava ainda mais cheia, e então ela estava mesmo próxima, de costas para mim. Podia jurar que ela estava a usar o movimento do metro como uma desculpa para me provocar. Conseguia sentir o seu rabo perfeito a fazer pressão contra a minha cintura. Não consegui resistir, enquanto só pensava “não, não, não” e sentia algo a crescer, que decerto a assustaria. Soube que ela também o sentia, enquanto olhava para trás com aquele sorriso maroto numa cara perfeitamente inocente. Ela queria isto! E honestamente, também eu…
E assim continuámos, eu completamente excitado e ela a enlouquecer-me com os seus movimentos, olhando-me de vez em quando. Acho que nunca me tinha sentido daquela maneira. A minha estação chegou, mas nem esbocei uma palavra. Ela voltou-se, a cabeça pelo meu queixo, olhando para cima apenas ligeiramente, quando senti a sua mão a agarrar o meu membro. Olhei em redor mas todos estão demasiado concentrados nos seus telefones ou nos seus problemas para se aperceberem de algo. A minha respiração já estava audível por certo, mas ela não parecia importar-se. Assim que parámos, agarrei-a pela mão para sairmos dali. Não sei o que tomou conta de mim, mas fiz-nos atravessar a rua e entrar no primeiro hotel que encontrei.
Ela ria, já não sorria apenas. Sabia em que estado me tinha colocado. Eu nem conseguia esconder verdadeiramente o volume causado por ela, embora estivesse a tentar com todas as minhas forças, visto que aquele era claramente um hotel superior. Pedi um quarto e entramos no elevador. Não pude resistir mais e puxei-a perto, beijando-a profundamente. Os seus lábios sabiam a cereja. Inclinei a sua cabeça um pouco e beijei o pescoço, desta vez tomando o meu tempo. Queria que ela aproveitasse o momento tanto ou mais que eu… O elevador parou, e eu instintivamente movi-me para o lado. Um casal idoso entrou, e colocou-se à nossa frente, de costas voltadas para nós. Faltam quatro pisos ainda, e eu voltei a tocar-lhe na mão, a percorrer os dedos. Finalmente as portas abriram, e atravessámos pelo casal que nem um relâmpago. Abri a porta do quarto, e deixei-a entrar. Pela primeira vez, não estava curioso com o quarto, com as ofertas, a vista… Apenas peguei-a nos meus braços, beijando-a, e deitei-a na enorme cama. No meio de tudo aquilo, tirei alguns segundos apenas para admirá-la, ali deitada, o seu lindo cabelo espraiado, o joelho direito ligeiramente elevado, e aquele sorriso malandro que havia mudado tudo. Ela notou que eu estava a levar algum tempo, e assim chamou-me com o seu dedinho. Obedeci, e fui ao seu encontro. Beijei os seus lábios suaves de cereja, o pescoço, as orelhas. Sentia-a com pele de galinha. Como adorei aquilo. Desviei uma das alças do vestido, e beijei o ombro, e depois o outro. Ela também estava a respirar mais descontroladamente, reparei enquanto retirava o vestido por cima dela. O arquear de costas que fez para me ajudar era como se dançasse só para mim. Estava a usar uma lingerie de renda. Devia ter imaginado, a menina da moda…
A visão era simplesmente perfeita mas eu não podia parar ali. Lentamente, tirei o seu soutien, e comecei a beijar os seios. Desenhei uns círculos até me aproximar dos mamilos já endurecidos, deixando-os a brilhar enquanto os beijava e chupava um pouquinho. A sua respiração ofegante estava a transformar-se em pequenos gemidos, e eu a adorar. Beijei o caminho todo até ao umbigo, o que lhe fez algumas cócegas, acho, pelo seu riso tímido. Continuei, e baixei-lhe as cuequinhas, enquanto ela se movia inconscientemente, a indicar-me o que fazer a seguir. Ao aproximar-me, senti uma mão na minha cabeça. Tomei o gesto como uma ordem e comecei a beijá-la ali mesmo. A provocá-la enquanto ela se remexia. Só depois de um longo minuto deixei a minha língua quente e molhada brincar, e foi aí que veio o gemido mais sensual. Ela também era deliciosa ali, e eu ajudei com um dedinho, a sentir como ela estava molhada. Não conseguia esperar mais, e coloquei-me de pé. Ajudou-me de imediato a tirar o cinto e a baixar as calças. O volume que ela tinha criado ainda lá estava. Demorou uns segundos a tirar os meus boxers e ver-me ali, vulnerável. Beijou-me ali, gentilmente, mas depois agarrou-me com força e puxou-me para ela. Eu sabia que ela também não aguentaria mais, e então deixei-me entrar, lentamente. Os seus gemidos deixaram-me ainda mais louco e conseguia sentir-me pulsar dentro dela. Aumentei o ritmo um pouco e continuei a beijá-la no seu corpo perfeito. Depois de algum tempo, agarrou o meu pescoço, e levantou-se para se aproximar. Segurei-a e estávamos agora sentados. Ela no meu colo, a beijar-me as orelhas, a acariciar-me o cabelo, enquanto dançava comigo dentro dela. Era tudo tão rápido já, a gemer bem alto, quase a arrancar-me cabelo. Queria que ela atingisse o clímax, e puxei-a bem perto e fui bem fundo, forte. Eu também estava perto, e ela sabia-o pois sussurrou “acabamos os dois”. A frase empurrou-me, e o que aconteceu de seguida foi quase indescritível. Sentia-a estremecer à minha volta, as suas pernas a tremer enquanto os gemidos altos se misturavam com uma respiração errática. Eu explodia com ela, ambos em êxtase por longos e maravilhosos segundos. Estava num sonho, e ela dormente, enquanto a deixei deitar-se no meu peito, enquanto adormecíamos os dois…


Comentários

  1. Amei ❤
    Sensual, erótico, excitante, romântico ...
    Dá vontade de encontrar assim alguém para agitar o nosso mundo.
    Parabéns �� continua, fiquei fã.

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  2. Bela maneira de iniciar uma manhã!!!!
    Maravilhoso

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  3. sedutor, provocante e apetecível. Da vontade de ser a personagem do texto😉

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  4. Bela maneira de comecar o dia. Assim ate vale a pena acordar cedo ;). Adorei

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  5. Que loucura de erotismo e prazer...Adorei...

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  6. O que mais me apraz ler é a vulnerabilidade do homem perante o mistério que envolve essa mulher!
    Sem dúvida uma bela e excitante forma de fugir à pesada rotina. ♥️

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